Nesse post de hoje vou falar de um dos estilistas mais influentes do mundo da moda: Cristóbal Balenciaga, fundador da casa que leva o seu nome, Balenciaga.
Tudo começou quando Cristóbal nasceu em 21 de janeiro de 1895, na região de Guetaria, na Espanha. Era filho de um pescador e uma costureira. Em sua cidade, morava a marquesa de Casa Torrès, que foi a incentivadora do jovem Cristóbal, que aos 12 anos, desenhou seu primeiro vestido á marquesa, revelando seu talento bem jovem. A partir daí, começou a frequentou o atelier de um alfaiate, aprendendo com ele, alfaiataria.
Em 1915, abriu sua primeira
maison em San Sebastian, e não demorou muito para sua fama espalhar-se, e em pouco tempo, transferiu-se para Madri. Na década de 30, Balenciaga já havia ganhado fama de o melhor costureiro da Espanha. Entre 1936 e 1937, muda-se para Paris e apresenta sua primeira coleção.
A experiência adquirida com o alfaiate com quem aprendera mais cedo, permitiu que o estilista não epenas desenhasse seus modelos, e sim os costurasse, o que não é comum aos estilistas, que apenas desenham suas coleções. Chanel dizia dele, "só Balenciaga é um verdadeiro costureiro. Só ele é capaz de cortar bem um tecido, de montá-lo, e costurá-lo a mão."A perfeição das proporções conseguida por Balenciaga aproximava sua arte da arquitetura, sendo daí que vem seu título de "O Arquiteto da Moda". As cores que usavam eram sóbrias, mas posteriormente, ganhou a fama de colorista.
Em 1939, lançou o corte de manga com a aplicação de um recorte quadrado e uma linha de ombros caídos, com cintura estreita e quadris arredondados. No ano seguinte, apresentou o seu primeiro vestidinho preto, com busto ajustado e quadris marcados por drapeados, além de abrigos impermeáveis em tecidos sintéticos.
Em 1942, as jaquetas largas e as saias evasês compunham a chamada “linha tonneau”. O primeiro paletó-saco e os redingotes com mangas-quimono surgiram em 1946. Suas coleções de 1947 e 1948 tiveram inspiração espanhola, com elegantes vestidos e boleros de toureador para a noite.
Em 1949, fez mantôs muito largos e, em 1950, vaporosos e retos, além do vestido-balão. Na década de 50, Balenciaga apresentou lã tingida de amarelo-vivo e cor-de-rosa.
Balenciaga viveu o auge de sua fama e criação durante os anos 50, começando em 1951, mudando a silhueta feminina ao eliminar a cintura e aumentar os ombros, num talhe muito acentuado.
Em 1955, criou o vestido-túnica e, em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos na frente, deixando-as mais compridas atrás, além do primeiro vestido-saco. Em 1957, apresentou o vestido-camisa. A linha “Império” foi criada em 1959 e veio com a cintura alta para os vestidos e os mantôs em forma de quimonos.
Durante os anos 60, Balenciaga criou casacos soltos, amplos, com mangas-morcego e, em 1965, apresentou os primeiros impermeáveis transparentes em material plástico.
Sua última coleção foi lançada na primavera de 1968 – ano em que se aposentou e fechou sua maison – e mostrou jaquetas largas, saias mais curtas, vestidos-tubo e muitas cores.
Balenciaga era considerado purista e classicista. Seu estilo ainda é lembrado pelos grandes botões e pela grande gola afastada do pescoço.
Aposentou-se em 1968 e morreu, aos 77 anos, no dia 24 de março de 1972, em Javea, na costa espanhola do Mediterrâneo. Dentre uma de suas frases, a mais célebre:
"Não acrescente detalhes inúteis a um vestido. Não coloque uma flor simplesmente porque você tem vontade de fazê-lo, mas para indicar o centro da cintura, o ponto final de um desenho."
Algumas de suas obras:
Na minha opinião, Nicholas Ghesquière não faz um bom trabalho na
maison. Ele foge completamente à ideologia de Balenciaga, criando coisas ridículas, que só passam despercebidas devido ao bom nome que ainda tem fama. Espero que tenham gostado,
xoxo